terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ponto de Equilíbrio


Para entender o ponto de equilíbrio, inicialmente precisamos abordar o conceito de margem de contribuição.


Margem de Contribuição (MC) – corresponde ao montante líquido gerado pela venda do produto para cobrir os custos fixos e é dada pela fórmula:

MC = RBV – CV 

Onde:   MC = Margem de Contribuição
             RBV = Receita Bruta de Vendas
             CV = Custos Variáveis

A margem de contribuição indica a eficiência produtiva da empresa.

Quando MC < 0; a receita gerada não cobre nem os custos variáveis.
Quando MC = 0; a receita gerada cobre somente os custos variáveis e não há excedente para a cobertura de custos fixos e demais despesas.
Quando MC > 0; a receita gerada cobre integralmente os custos variáveis e gera algum excedente para a cobertura (parcial ou integral) de custos fixos e demais despesas. 
Quando a MC cobre integralmente os custos variáveis, fixos e demais despesas, dizemos que a empresa atingiu o seu Ponto de Equilíbrio Contábil. 

Ponto de Equilíbrio Contábil (Break-Even Point) - é obtido quando a empresa atinge determinado nível de vendas capaz de gerar uma margem de contribuição que equalize todos os seus custos fixos e despesas.

PEC = MC – (CF + Despesas) = 0        ou        PEC = (RBV – CV) – (CF + Despesas) = 0  

Onde: PEC = Ponto de equilíbrio contábil
            MC = Margem de contribuição
            RBV = Receita Bruta de Vendas
            CV = Custos Variáveis
            CF = Custos Fixos


Graficamente:
 
 
O Ponto de Equilíbrio contábil indica a eficiência operacional da empresa.
Quando PEC < 0; a receita gerada não cobre os custos e despesas (prejuízo).
Quando PEC = 0; a receita gerada cobre os custos e despesas e não gera lucro ou prejuízo.
Quando PEC > 0; a receita gerada cobre integralmente os custos e despesas e gera algum excedente (lucro).

Observe que quando o PEC =0 o resultado é “nulo” (não há prejuízo ou lucro) e, portanto, não a empresa não atinge um resultado mínimo exigido pelos seus investidores. Portanto, a partir de PEC >0, observamos que há esta geração de valor (lucro). Assim, o PEC traduz o custo de oportunidade, ou o retorno mínimo exigido (positivo, ainda que nulo). Nas situações em que PEC < 0 o investidor poderá estar perdendo valor.

Para equacionar essa questão temos que analisar o Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE), que pode ser expressa pela equação:

 PEE = PEC + Custo de Oportunidade

O Custo de Oportunidade, segundo o professor Eliseu Martins (2003), “representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em outra.”

Assim, quando adicionamos o custo de oportunidade à análise do ponto de equilíbrio, estamos identificando qual é a receita capaz de remunerar a atividade operacional (custos e despesas) e gerar riqueza para seus investidores e acionistas. Assim:
Quando PEE < 0; a receita gerada não cobre os custos e despesas e/ou não gera riqueza.
Quando PEE = 0; a receita gerada cobre os custos e despesas e gera riqueza no mesmo valor do custo de oportunidade exigida pelo acionista/investidor.
Quando PEE > 0; a receita gerada cobre integralmente os custos, despesas e a expectativa de retorno mínimo exigida pelo acionista/investidor.

Em uma terceira abordagem, o conceito de Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) é decorrente da análise de geração de caixa do negócio, pois considera o “efeito caixa/financeiro” das receitas, custos e despesas contabilizados (econômico), além da consideração de pagamentos e recebimentos que não são contabilizados como custos e despesas.

   PEF =     Ingressos      (-) Custos   (-)  Despesas  (+/-) Ingressos/Desembolsos
                Operacionais         Pagos           Pagas                    Não Operacionais


 Assim, o PEF evidencia qual é o ingresso (receita “recebida”) necessário para a cobertura de todas as obrigações assumidas (custos, despesas, juros, encargos, etc).


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