- Hoje vamos sair um pouco da questão conceitual em finanças e
vamos discutir um assunto bastante em pauta na economia. É algo que afeta a
todos, pessoa física e jurídica. As próximas postagens voltarão ao modelo que vínhamos
desenvolvendo.
Ontem a noite eu assistia ao jogo do meu time pela
televisão. Dificilmente eu me sento em frente a TV para assitir alguma coisa e,
como tive um pouco de tempo livre, pude ter esse momento de relaxamento.
No momento do intervalo do jogo iniciaram os comerciais e
pude verificar que passaram na TV pelo menos duas propagandas de montadoras de
carros dizendo que estavam com menores preços em função da redução do IPI.
Aquilo me chamou a atenção, pois tive a impressão de que os carros estão
realmente muito mais baratos do que estava há alguns anos atrás.
Meu time venceu e pude ir dormir tranqüilo. Na manha de
hoje, enquanto ia com minha carona ao trabalho, pude ver o caos que é trafegar
no transito maluco e lotado dos dias de hoje. Um caminho que, se não houvesse
outros carros, se faz em 15 minutos, foi feito em 40 minutos. Foi quando me dei
conta do fato da União ter reduzido o IPI e, consequentemente, os preços dos
carros no Brasil terem diminuído como verifiquei nas propagandas da noite
anterior.
O pior, isso não é tudo! Há um mês o Banco Central derrubou
a taxa base de juros para 9%. Logo, o financiamento ficou menos custoso e
então, maior acesso ao dinheiro para a população.
Unindo esses dois fatos, redução do IPI, gerando redução de
preços dos automóveis + redução da taxa básica de juros = CAOS. Isso porque se
nesse momento já é praticamente impossível circular tranquilamente de carro,
imagina com o aumento do consumo desse bem!
Por exemplo, no site do UOL li que o aumento previsto para o mercado de
automóveis no Ceará é de 30%. Se no Ceará vai acontecer isso, corremos o risco
de que em outros centros urbanos o aumento de vendas seja ainda maior.
Não estou dizendo que maior acesso a financiamentos e os
menores preços dos carros em função do IPI são ruins. Essas medidas poderiam
ser boas se o nosso país tivesse condições estruturais para suportar tal
aumento de consumo dos brasileiros. As cidades não têm infra-estrutura
suficiente em relação ao que as populações demandam. As estradas também não têm
condições para suportar a situação atual.
Para se ter idéia, a situação estrutural do Brasil é
comparável com a da Colômbia! É inadmissível que um país com a 6º maior
economia do mundo seja comparável a um país como a Colômbia, que ainda enfrenta
problemas primitivos como a falta de controle sobre o grupo terrorista das
FARCS (o qual já deveria ter sido extinto!).
Mediante essa situação, o que podemos esperar para os
próximos anos?! O governo brasileiro terá de fazer milagres nunca vistos para
evitar um caos completo para o povo. Não há condições de suportar o crescimento
que haverá no consumo de carros. E nem há tempo para se preparar. O Brasil
nunca planeja. Simplesmente faz o que parece necessário em determinado momento
e então, é cada um por si.
Sem contar outras conseqüências em diversos setores que
ainda teremos. O endividamento das famílias vai aumentar, os preços de muitos
bens vão aumentar e gerar inflação e outras coisas mais. Talvez a nossa sorte
seja que o povo brasileiro já esteja endividado o suficiente para não conseguir
pegar mais empréstimos, pois conforme o site G1, a inadimplência para compras
de carros bateu recorde em 2011. Ou, ainda, podemos torcer para aumentar o
número de ciclistas em circulação (contanto que não façam parte de nenhum
“movimento revolucionário da bicicleta”), pois assim as pessoas deixariam seus
carros em casa e poderíamos ter mais harmonia no trânsito.
Enfim, as medidas foram tomadas e agora só nos resta esperar
e ver como vamos lidar com as situações que nos estão sendo impostas. Espero
que consigamos evitar o caos completo e que o governo tome consciência de que é
necessário mudar muitas coisas ainda para nos tornarmos uma economia forte e
consistente.
Está mais do que na hora de perceber que medidas econômicas imediatista
não são as mudanças que precisamos. Políticas de longo prazo devem surgir e,
assim, verificaremos soluções graduais para os problemas surgirem e o
crescimento virá de maneira consistente.
Senti falta de alguma postagem relacionada à politica econômica. De fato há problemas estruturais no Brasil, problemas relacionados primeiramente não a politica econômica, mas a uma forma estrutural e cultural da politica Brasileira. Agora, por decorrência ao cenário econômico internacional, as medidas adotadas me parecem ser positivas para justamente aquecer a economia e “sustentar-nos” diante o momento instável e frágil que estamos passando, claro que este processo poderá ocasionar transtornos tanto na infraestrutura, quanto na própria economia em longo prazo. Aí está o “N” da questão, obviamente se não ocorrer planejamento juntamente com as medidas imediatistas, esta não se sustentará no futuro, acho razoável termos opções de sustentar-nos diante este cenário com essas medidas, porém como disse anteriormente, pensando no longo prazo. Outro aspecto que nos deixa ansiosos é o fato de políticas sociais e políticas econômicas, no meu ver a segunda deve alicerçar a primeira, mas aí está o problema, um país em pleno desenvolvimento econômico e a 6º economia mundial, encontrar-se em 86º lugar no IDH é uma tremenda discrepância entre valores éticos e sociais, isso é complicado de se aceitar e triste em se constatar.
ResponderExcluirAgora possuo um negócio próprio com a ajuda de Elegantloanfirm com um empréstimo de US $ 900.000,00. com taxas de 2%, no começo, eu ensinei com tudo isso era uma piada até que meu pedido de empréstimo fosse processado em cinco dias úteis e meus fundos solicitados fossem transferidos para mim. agora sou um orgulhoso proprietário de uma grande empresa com 15 equipes trabalhando sob mim. Tudo graças ao agente de empréstimos Russ Harry, ele é um Deus enviado, você pode contatá-los para melhorar seus negócios em .. email-- Elegantloanfirm@hotmail.com.
ResponderExcluir